Bravas imagens e Breves palavras
Tendo como base o intuito de reproduzir na fotografia as figuras de imagem expressas na literatura, crio esse blog a fim de disseminar o olhar ambivalente do criador, assim aproximando cada vez mais o leitor ao principio da criação. Dentro de uma ótica urbana, concreta e cotidiana.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Por tudo aquilo que foi e ainda é presente
Pela poesia vivente no peito de nós
feito voz que não cessa com o passar do tempo
e sussurra lembranças no infinito de si
Por não ser finito, por ser bonito
mesmo que quando triste,
escrevo os meus dias em um céu nublado que esconde a alma
a alma por detrás dos olhos, que se esvai feito um sopro de vento
por entre as mãos calmas, e que despercebidamente vai de encontro
a tua...
... para que então nós nos tornemos um “uni-verso”, único de beleza
e múltiplo de memórias.
Texto: Luian Damasceno Foto: Norma Pifano
terça-feira, 27 de abril de 2010
Sobre os Espaços que Trazemos em Nós
Janelas servem para contemplar a vida
além de nós. Os olhos são janelas,
e neles e nelas somos todos reflexos
reflexivos ou não, distintos por opção
e pelas nossas janelas.
São as janelas que nos possibilitam os horizontes
A dimensão da vastidão do mundo, da brevidade
da vida e o diverso do dia.
As janelas são senhoras de luz
São fendas no abismo da alma
O que nos acalma e desespera.
As janelas são lugares por onde voa a esperança
Assim como no coração,
Janelas e Janeiros
pois são elas sorrisos primeiros
já que são flores da antecedente aurora.
Texto: Luian Damasceno Foto: Diego Casanova
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Solidões Disfarçadas
Um dia tu saberás que da noite só se leva a velhice,
que a cada noite somos mais sozinhos, passageiros
de um caminho que não se sabe onde dará,
e que o que realmente importa é ser feliz
compartilhando, pois fora da entrega não se tem
felicidade, pois não se tem fidelidade
e o previsível destino da incerteza, certamente
é a solidão. Rio bravo que é o nosso ego...
E a nossa vaidade auto-destrutiva e tantas vezes
desconciliadora, sorrateira...
Um dia tu saberás o que sempre soube,
mas será capaz de aceitar que sozinhos não somos nada,
e que o homem mais solitário é justamente aquele
rodeado por pessoas.
Texto: Luian Damasceno Foto: Norma Pifano
terça-feira, 6 de abril de 2010
A Escada de Jacó
Velho Testamento, Gênesis 28 vers.10,11,12, 17 e 18.
"E Jacó seguiu o caminho desde Bersba e dirigiu-se a Harã".Com o tempo atingiu certo lugar e se preparou para ali pernoitar , visto que o Sol já se tinha posto. Tomou, pois, uma das pedras do lugar e a pôs como apoio para a sua cabeça e deitou-se naquele lugar ". E começou a sonhar, e eis que havia uma escada posta da terra e seu topo tocava nos céus; e eis que anjos de Deus subiam e desciam por ela".Jacó acordou do sono e disse "Verdadeiramente, Jeová está neste lugar e eu mesmo não o sabia" ". E ficou temeroso e acrescentou; "Quão aterrorizante é este lugar" Não é senão a casa de Deus e este é seu portão de entrada" ".
Eis a escada, e a vida em cada
degrau. Estrada para a eternidade...
Passagem de nós mesmos, estagio
moral. Homens de boa vontade...
Barcos que partem dos ermos, sós
desencontrados. O abismo do ser...
A arrogância infantil, descuido
fatal. E o tempo...
Texto e Foto: Luian Damasceno
quinta-feira, 25 de março de 2010
Canção da Beleza Maior
Astronauta a sua falta
foi achar que numa nave
chegaria até a lua
vê se agora se situa
que a rainha que flutua
no seu reino infinito
gosta de moço bonito
que escreve poesia
eu sabia, então fiz
escrevi o que ela quis ouvir
e logo eu vi a sua beleza reluzir
no entanto,
observei um pranto
no seu branco florescente
e ela me disse que a sua vida é descontente
pois agente não valoriza
a beleza que é constante
a vaidade do homem a coloca na estante,
então ó minha amada
foi aí que eu percebi
o quanto é importante para mim
você sorrir!
Texto: Luian Damasceno Foto: Norma Pifano
quarta-feira, 10 de março de 2010
Sobre Passos e Pássaros
Passo meus passos por onde a vida voa
e de onde partem os pássaros eu também me vou
Ilha de homem, barco palavra
no mar inconsciente que a mente guarda
Noite brava
gosto de solidão que escorre da boca...
Semente,
passo por muita gente
passos indiferentes
Disperso,
e confesso que também passo por onde passas
Estrela de desejo, luz que eu vejo
e ilumina meus olhos
Mesmo com tanta neblina...
Passos que passam por esquinas
becos, vielas, muito asfalto e muita dor
A procura de amor, a procura de nada
a procura de si. Passos que aqui
não passarão novamente.
Texto: Luian Damasceno Foto: Norma Pifano
domingo, 28 de fevereiro de 2010
Construção
À noite, sozinho, construo casas
feitas a brasa de meus sonhos
e erguidas pelas minhas próprias mãos.
casas que me dão asas
para sobrevoar a vida
e compartilhar segredos com o silencio.
casas onde minha alma repousa
essa alma que ousa em não ser cativa
e que vê no mundo um tanto quanto de mistério.
casas que construo esperando alguém
que bata na porta e seja o meu bem
para anunciar-me o inicio de tudo.
Texto e Foto: Luian Damasceno
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